segunda-feira, 16 de abril de 2018

Samantha



1- Do que se trata a Hipótese Pan-Africana? Explique. Pág. 10

A hipótese que chamamos de Hipótese
Pan-Africana diz que a civilização
egípcia teve suas raízes na própria África, e não
necessariamente por influência da Mesopotâmia.

2- Resumir sobre a origem da agricultura no Egito Antigo: a hipótese Pan-
africana. Pág. 21]

Uma das hipóteses mais
tradicionais é aquela que
vislumbra o surgimento da
agricultura no vale do rio Nilo
como tendo sido introduzido
por populações vindas
do oriente, ou seja, do
Crescente Fértil.
Resumindo: essa hipótese da origem oriental
(Palestina ou Golfo Pérsico) da agricultura
egípcia parte, como já foi dito, dos paradigmas do
difusionismo, e de duas premissas. Uma delas é que
a primeira grande revolução agrícola na humanidade
ocorreu no Crescente Fértil. A outra é que dessa
revolução agrícola primeva surgiram as mais antigas
aldeias agrícolas da raça humana.

3- O que Karl Marx afirmou sobre o surgimento das elites? Páginas 29 e 30.

''Não é a fertilidade do solo, mas sua diferenciação, e a variedade de seus produtos naturais, que
constituem a base física da divisão social do trabalho, e que incitam o homem, com
a diversidade das condições naturais em que vive, a multiplicar suas necessidades, aptidões, instrumentos e métodos de trabalho. A necessidade de controlar socialmente uma força natural, de utilizá-la, de apropriar-se dela ou domá-la por meio de obras em grande escala feitas pelo homem, desempenhou o papel mais decisivo na história da indústria. É o que se verificou, por exemplo, com as obras para regular as águas no Egito, onde a irrigação por meio de canais artificiais proporcionava a água indispensável para o cultivo do solo, e depositava
nela, com a lama que a água trazia das montanhas,
adubos minerais. A necessidade de calcular os períodos das cheias do Nilo criou a astronomia
egípcia e, com ela, o domínio da classe sacerdotal como orientadora da agricultura.''

4- Em qual raciocínio se fundamenta a teoria de que a unificação foi
liderada inicialmente pelo Norte? Pág. 41

Tal interpretação se fundamenta no seguinte raciocínio: Na mitologia egípcia consta a ocorrência de uma luta pelo trono do Egito entre os deuses Hórus e Set. Na narrativa mítica o vitorioso foi Hórus. Como Hórus (posteriormente) foi adotado como o deus da monarquia (depois que a mesma estava no Norte), interpretou-se, então, que quem primeiro unificou o Egito foi o reino do Norte. Isso teria acontecido porque as aldeias dessa região, em contato mais direto com o Oriente Próximo, teriam se tornado culturalmente mais desenvolvidas que as aldeias do Sul, mais vinculadas na África. As típicas tradições culturais do Egito, por conseguinte, teriam se iniciado no Norte e dali se propagado para o Sul.

5- Do que se trata a Hipótese Causal Hidráulica? Explique. pág. 50

Karl Marx, foi outro pensador que contribuiu para difusão e aceitação da Hipótese Causal
Hidráulica. [...] O que Marx disse, foi que os trabalhos hidráulicos criaram as classes dirigentes no Egito Antigo. Como em outras passagens de seus escritos, ao analisar a transição do feudalismo para o capitalismo, ele sustentou que os Estados nacionais foram uma criação das classes dominantes dos meios de produção, parece que se deduziu que, para ele, o mesmo aconteceu no Egito, e que isso esteve relacionado com os trabalhos hidráulicos.

6- Do que se trata a Pedra de Palermo? Explique. Pág. 60

A chamada Pedra de Palermo trata-se de um grupo de fragmentos de uma lápide de diorita negra,
esculpida ao final da V Dinastia. Estima-se que a pedra original media 2,2 m de altura e 0,61 m de largura. Os registros foram feitos em seus dois lados. A maior parte da pedra está na cidade de Palermo. Continha o nome dos faraós das cinco primeiras dinastias, com acontecimentos marcantes de cada governo, assim como o nível que a enchente alcançou naquele ano.

7- Explique sobre Heródoto e seu livro. Pág. 61

Heródoto era um viajante grego que viveu no
séc. V a.C. Visitou a Ásia Menor,
Babilônia, Assíria e Pérsia. No Egito, percorreu o Nilo
por cerca de mil quilômetros, até a ilha de Elefantina.
Foi contemporâneo de Péricles, Anaxágoras, Sófocles
e Eurípedes. Consta que, por volta de 445 a.C., ele
teria lido em público a sua obra, que ele intitulou de
“História”, com os testemunhos recolhidos em suas
viagens, assim como com as próprias impressões sobre
as coisas que ouviu. Essa “História” de Heródoto por
muito tempo foi uma das principais – senão a principal –
fonte para a reconstituição da História Antiga. Hoje, com
os avanços das pesquisas in loco, ela deixou de ser tão
fundamental como era, mas ainda continua sendo uma
fonte de consulta da maior importância para o estudo da
antiguidade.

8- O que era a Aparição Sothíaca? Explique sobre o calendário anual dos
egípcios. Pág. 67

“Aparição sothíaca” era aquele dia do ano em que, ao nascer do sol, a estrela Sirius, que os egípcios chamavam de Sothis, ficava na latitude de Mênfis, numa mesma linha vertical com o sol nascente. Isso acontecia uma vez a cada ano e deveria coincidir com o início da inundação. Era considerado, por isso, o primeiro dia do ano. Se o calendário anual dos egípcios fosse rigoroso, ou seja, de 365 dias e seis horas, a cada primeiro do ano essa coincidência da verticalidade entre Sirius (Sothis) e o nascer do sol ocorreria. Acontece que os egípcios só contavam os 365 dias. Como eles não tinham o ano bissexto, de 4 em 4 anos, o calendário “oficial” se atrasava um dia em relação à verticalidade da estrela Sothis e do nascer do sol. Só depois de 1.460 anos (365 x 4) é que novamente ocorria a coincidência entre o calendário astronômico e o calendário civil, o que era chamado de Aparição Sothíaca.

9- Resumir o texto “A primeira das pirâmides”. Pág. 78

O fato primordial do reinado de Dzozer foi a construção da chamada Pirâmide Escalonada,
ou Pirâmide de Degraus. Foi o primeiro edifício inteiramente de pedra levantado no Egito.
Valeu ao seu arquiteto um tal renome que até mesmo foi divinizado em épocas tardias.
Barry Kemp é o autor de uma teoria que vê no complexo da pirâmide um cenário para a aparição
da monarquia. A premissa da qual ele parte é que o poder faraônico tinha a necessidade de, quando se
mostrasse em público, que fosse em grande estilo, de forma teatral, cercado de magnificência. O pátio e as outras partes do complexo, portanto, serviam para um cenário, grandioso e espetacular, onde o rei, em pessoa, pudesse se apresentar diante de um público seleto, formado pelos altos dignatários do seu reino.

Dentro da linha de raciocínio do autor, teríamos que as partes constitutivas do complexo serviam (de acordo com o esquema abaixo), respectivamente, para:

A. Pirâmide original, erguida para Sanaquet, o primeiro faraó da III Dinastia.
B. Pirâmide externa, dedicada a Dzozer. No seu interior existia uma rede de corredores e onze câmaras subterrâneas, destinadas a abrigar os restos mortais do faraó e da família real.
C. Plataforma do trono dual, onde possivelmente era colocado o duplo trono, sob um dossel, de onde
o Faraó presidia o cerimonial da corrida entre os montículos.
D. Os montículos territoriais. Tratava-se de um par de montículos de pedra, com a forma de uma ferradura de cavalo.
E. Pátio da aparição do rei. Tratava-se de um vasto espaço descoberto, que o faraó percorria em suas aparições oficiais diante dos representantes dos poderes
constituídos.
F. Pavilhão Preparatório. Era uma espécie de “camarim”, onde ele podia se arrumar e descansar,
antes de sua entrada triunfal no grande pátio.
G. Santuários das divindades provinciais. Supõe-se que tais santuários faziam parte do cenário para o Festival Sed, que se realizava no pátio em frente.
H. Pátio do Festival Sed.
I. Portão principal, ou verdadeiro. Ao longo da murada externa existiam outros treze portões, mas
que eram “falsas” entradas.
J. Muro externo. Procuravam imitar a fachada do palácio real.

Além desses elementos, fazia parte do conjunto o templo mortuário. Era ali que se realizava o culto funerário aos mortos “enterrados” na pirâmide. Existia ainda, outro grande pátio, o chamado Pátio Norte. cuja finalidade ainda não está bem esclarecida.

10-Quais eram as funções da pirâmide? Pág. 81

Entre as diversas questões que permanecem em aberto a respeito das pirâmides em geral está aquela que diz respeito às funções que tais monumentos funerários exerciam
dentro da sociedade egípcia. Embora ela servisse, também, para outras coisas, a serventia principal era a de abrigar a múmia, as estátuas e os pertences dos
mortos que ali eram “enterrados”. Mas, ao lado do seu viés religioso, também existia
aquele que poderíamos chamar de “político”, ou de
“simbólico”. Além disso, a construção das pirâmides podia cumprir a função social de gerar empregos. No Egito existia uma força de trabalho que, durante quatro meses do ano, na estação das cheias, não tinha muito que fazer na terra.
Há também a função ideológica. Seria aquela função de, durante sua construção, passar-se a ideia de que ali se trabalhava para levantar um monumento a um poder sobre-humano que quase se equiparava ao dos deuses.
Com a construção das pirâmides, as elites burocráticas e administrativas poderiam aprimorar seus conhecimentos técnicos e científicos. Assim como aperfeiçoar suas técnicas de gerenciamento e administração de recursos humanos e materiais.


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